Thursday, April 19, 2007

Contrutora fecha as portas depois de de 1400 anos de vida

Contrutora fecha as portas depois de de 1400 anos de vida

Empresa mais antiga do mundo fecha as portas
A empresa mais antiga do mundo ainda em operação encerrou suas atividades. A companhia japonesa construtora de templos Kongo Gumi, aberta desde o ano 578, administrada pelos descendentes dos fundadores, sucumbiu às dívidas e falta de negócios em 2006

Segundo a Business Week, a Kongo Gumi ficou aberta por 14 séculos construindo templos budistas e sobreviveu em momentos de tumulto, como no século 19, quando perdeu o subsídio do governo e começou a construir prédios comerciais. Mas a fabricação de templos manteve a empresa funcionando, contribuindo com 80% do lucro de US$ 67,6 milhões que teve em 2004.
O último presidente da Gumi, Masakazu Kongo - o 40º membro da família a comandar a empresa - afirmou que a flexibilidade da construtora em selecionar seus líderes foi um dos principais motivos da longevidade. Em vez de entregar o comando para os filhos mais velhos, Kongo Gumi escolhia sempre o filho que exibia melhor saúde, responsabilidade e talento para o trabalho.
Outro fator que contribuiu para a Kongo Gumi estender sua existência foi a prática de maridos e mulheres dos filhos receberem o nome da família ao entrar na empresa. Isso ajudou a manter a companhia sobre o mesmo nome.
Apesar de sua história, foi um conjunto de circunstâncias ordinárias que levou a Gumi à falência. Dois fatores foram os principais responsáveis. A primeira foi um grande empréstimo feito durante um bom momento econômico do Japão para investir no mercado imobiliário. Após esse período, em 1992, a dívida da empresa aumentou. A segunda foi a mudança social da população japonesa, que diminuiu a demanda de templos budistas.
Em 2004, com uma queda de 35% de vendas, Masaku Kong demitiu trabalhadores e controlou mais o orçamento. Mas em 2006, o fim chegou. Os empréstimos da companhia chegaram a somar US$ 343 milhões, tornando o pagamento impossível. Em janeiro, a companhia foi adquirida pela Takamatsu, uma gigante japonesa de construção.